“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.”
(Mateus 7:13,14)
No capítulo 7 do evangelho de Mateus, o Senhor Jesus, no bastante conhecido “Sermão da Montanha”, nos mostra sobre os duas portas (ou caminhos), que estão à frente de todo aquele que almeja entar no Seu Reino.
Ele é enfático em afirmar que enquanto muitos vão querer entrar pela “porta larga”, poucos entrarão pela “porta estreita”.
Mas afinal, o que significaria essas duas portas?
Muitos confundem esta metáfora feita por Cristo como se tratasse de igrejas rígidas ou liberais no tocante a forma de conduzir o culto, pelas normas, pelo estatuto, enfim, pelos usos e costumes das mesmas.
Ao meu ver essa seria uma interpretação muito superficial e aquém da profundidade das palavras do Mestre.
A “porta larga” representa o falso evangelho, os falsos profetas, as seitas travestidas de igrejas. É onde você pode viver uma vida inteira no engano de uma religião seguindo dogmas e ritos, acomodado e com uma vida sem a prática dos ensinos da Palavra de Deus.
Na “porta larga”, o pecado não é condenado e o poder humano se sobrepõe as doutrinas essenciais do evangelho de Cristo. Lá a Bíblia é deturpada e a filosofia e o secularismo já tomou conta de tudo.
São lugares onde seus ministros falam aquilo que o povo quer ouvir e não o que necessitam:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Timóteo 4:3-4)
Já a “porta estreita” é aquela em que a pessoa está disposta a se arrepender de verdade, a “morrer” com Cristo, a sacrificar a carne em prol do espírito.
Onde se luta para cumprir os mandamentos bíblicos, buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, romper com o mundo e praticar a justiça, o perdão aos imigos, a fé e o amor.
Na “porta estreita” o foco é a prática da Palavra e não viver debaixo de um formalismo religioso que impede o manifestar da pessoa de Cristo em nós.
É a porta que Moisés optou:
“escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. “(Hb 11:25-26) e a que fez o apóstolo Paulo declarar:
“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.” (Coríntios 9:27 )
A “porta estreita” é viver o evangelho da Cruz de Cristo, onde renunciamos nossos desejos carnais e nos gloriamos somente no sacrifício que Ele fez por nós.
Entrar por esta porta não é fácil, pois exige renúncia num mundo tomado pelo materialismo, pelo egoísmo e pelo pecado. Por isso muitos preferem o cômodo e fácil caminho da “porta larga”.
Mas há uma grandiosa recompensa para aqueles que optam em seguir o caminho estreito que exige o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;” (Mt 25:34)
Esta é a recompensa para quem quer pagar o preço de uma vida cristã autêntica.
Que o Senhor Deus tenha misericórdia e desperte os que estão dormindo no engano da “porta larga”.
E que dê força para aqueles que já optaram pelo “estreito” caminho que leva à salvação eterna.
Créditos - http://despertaigreja.com