SEUL - Novas sanções contra a Coreia do Norte vão agir contra o narcotráfico, a falsificação de dinheiro e "outras atividades ilícitas e enganosas" que dão ao regime de Pyongyang condições para a construção de armas nucleares, disse nesta segunda-feira, 2, Robert Einhorn, enviado do Departamento de Estado dos EUA para a não-proliferação e para o controle de arsenais atômicos.
Em visita a Seul, sua primeira parada na viagem pelos aliados americanos na Ásia, Einhorn encorajou os países da região a agir de forma agressiva para reforçar as sanções contra o Irã e a Coreia do Norte, duas nações, segundo ele, "que constituem as duas maiores ameaças" à proliferação nuclear.
O americano se encontrou com autoridades sul-coreanas para discutir as sanções contra a Coreia do Norte que a secretária de Estado, Hillary Clinton, anunciou durante sua visita à região, há duas semanas.
As novas medidas a serem adotadas pelos EUA miram afetarão entidades que compram ou vendem armas violando as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que se envolvam em atividades ilícitas para gerar recursos ou que promovam o comércio para adquirir bens de luxo, disse Einhorn. "Sabemos que essas atividades trazem centenas de milhões de dólares para a Coreia do Norte, que usa os recursos para financiar seus programas militar e nucleada e para importar bens de luxo", disse o americano.
Segundo Einhorn, Washington está preocupado com a rede mundial de empresas envolvidas em atividades relacionadas à proliferação nuclear e, por isso, o governo pede que outros países pressionem seus bancos a congelar os ativos e contas de companhias e pessoas envolvidas em tal setor. "Essas medidas não visam afetar o povo norte-coreano. Nosso objetivo é colocar um fim nas atividades desestabilizadoras da Coreia do Norte, impedir as atividades ilícitas que financiam seus programas nuclear e militar e desencorajar novas ações provocativas", disse o enviado dos EUA.
Einhorn ainda disse que a Coreia do Norte, ao lado do Irã, constituem a maior ameaça à segurança e a à estabilidade mundiais. "Um dos modos de enfrentá-los é aumentar e pressão sobre estes governos para que reconheçam que o melhor para seus interesses é seguir as obrigações internacionais e abandonar as armas nucleares", disse.
O enviado americano ainda deve viajar para o Japão na terça-feira e, posteriormente, visita a China. Outros emissários dos EUA farão viagens pelo Oriente Médio e pela América do Sul nas próximas semanas para reuniões do mesmo tipo.
Fonte - http://www.estadao.com.br