• quarta-feira, 12 de setembro de 2012

    A Cristandade e a Mudança do Sábado para o Domingo

    lei-moral-e-cerimonial

    Por Marllington Klabin Will

    Veremos no presente artigo que não foi Jesus nem os apóstolos, mas sim a Igreja Católica quem “aboliu” o sábado e colocou o domingo em seu lugar. Veremos também que o papado roga esta instituição como a marca de sua autoridade eclesiástica perante toda a cristandade.

    As citações aqui transcritas vieram da pena de autores eruditos, de historiadores do maior gabarito, de ilustres professores, de teólogos renomados, de autoridades eclesiástica e líderes católicos e até do próprio Papa. Portanto, as seguintes citações são oriundas de fontes autorizadas e de documentos católicos oficiais.

    1) O que a profecia diz que o Anti-Cristo faria?

      “Proferirá palavras contra o Altíssimo… e cuidará em mudar os tempos e a lei”(Dn.7:25)

    Então esse poder cuidaria especialmente de mudar o sábado, pois o quarto mandamento é a única lei que envolve o fator “tempo”.

    2) Que poder arroga autoridade para mudar a Lei de Deus?

      “O Papa tem poder para mudar os tempos, ab-rogar leis e dispensar todas as coisas, mesmo os preceitos de Cristo.” — Extraído de “Decretal de Translat, Episcop.”, cap. 6. Grifos acrescentados.“O Papa é de tão grande autoridade e poder que pode modificar, explicar ou interpretar mesmo as leis divinas… O Papa pode modificar as leis divinas visto seu poder não provir dos homens mas de Deus, e age como vigário do Filho de Deus na Terra, com o mais amplo poder de ligar e desligar o rebanho.” — Extraído de “Prompta Bilbiotheca”, publicado em Roma, em 1900. Grifos acrescentados.

    Declara a “Civilitá Cattolica”, de 18 de março de 1871:

      “O Papa é o supremo juiz da lei na Terra. É o representante de Cristo.” — Mencionado em “Vatican Council”, por Leonard Wooslay Bacon, ed. da “American Tract Society”, p. 220.

    O Papa Nicolau em seu discurso de nº 96 declara:

      “A vontade do Papa representa a razão. Ele pode dispensar a lei, e fazer do errado, direito, por meio de correções e mudanças das leis.” — Grifos acrescentados.

    O mesmo papa declara o seguinte em seu discurso de nº 40:

      “O Papa está livre de todas as leis, de maneira que não pode incorrer em nenhuma sentença de irregularidade, suspensão, excomunhão ou penalidade por qualquer crime.”

    3) Que mandamento da Lei de Deus o papado cuidou em mudar?

    Os católicos acham que o papado tem autoridade para escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “dia do Senhor”. O fato é que esta questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10). Mas qual é a posição oficial católica? Vemos claramente a vigência do princípio sabático, mas infelizmente está sendo aplicado ao primeiro dia da semana.

    O Dr. N. Summerbell, autor presbiteriano, faz esta declaração em sua obra “History of the Christians”:

      “Ela (a Igreja Católica Romana) subverteu o quarto mandamento, dispensando o sábado da palavra de Deus e substituindo-o pelo domingo, como dia santificado.” — P. 418. Grifos acrescentados.“A igreja (Católica) após trocar o dia de descanso do Sábado dos judeus, ou o sétimo dia da semana, para o primeiro dia, fez o terceiro mandamento e se refere ao domingo que seja mantido sagrado como o Dia do Senhor.” —Extraído de “Enciclopédia Católica”, vol. 4, p. 153. Grifos acrescentados.

    O prof. Blanchard, um orador da “Liga do Sábado”, cujo fim é promover a observância do domingo, declarou o seguinte numa convenção realizada dia 8 de novembro de 1887 no estado de Illinois:

      “Nesta obra que empreendemos a favor do Domingo, nós somos os substitutos de Deus.” — Em “The Two Republics”, por Alonzo T. Jones, p. 748–749. Grifos acrescentados.

    Archdeacon F. W. Farrar, escrevendo sobre a maneira pela qual a observância do sábado foi substituída pela do domingo, afirma:

      “A Igreja (Católica) não operou transferência formal de um dia para o outro, mas sim gradual e quase inconscientemente.” — Em “The Voice from Sinai”, p. 167.

    4) Por que o Senhor ordenou que se observasse o sábado?

      “Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que sou o SENHOR, vosso Deus.” (Ez.20:20)

    Como o sábado foi dado para ser sinal que fizesse o homem se lembrar de Deus, percebe-se imediatamente que um poder que buscasse exaltar-se acima de Deus procuraria remover aquilo que chama a atenção do homem para seu Criador. Isto não poderia ser feito com maior eficiência do que encobrindo o memorial divino — o sábado do sétimo dia. Por isso a profecia disse que o papado cuidaria “em mudar os tempos e a lei” (Dn.7:25).

    5) A Igreja Católica reconhece haver mudado o sábado?

    Eusébio de Cesaréia, célebre bispo da Igreja Católica, considerado o pai da história eclesiástica, participante do Concílio de Nicéia, bajulador e biógrafo de Constantino, confessa:

      “Todas as coisas, sejam quais forem, que era dever fazer no sábado, estas nós as transferimos para o dia do Senhor (domingo)” — Em “De Vita Constantini”, Antuérpia 1696, liv. 3, cap. 33, p. 413. Uma versão mais recente é: “Eusebiu’s Ecclesiastical History”. Citado por Robert Cox em “The Literature of the Sabbath Question”, vol. 1, p. 361. Ver também “Commentary on the Psalms”. Grifos acrescentados.“Não o Criador do Universo, em Gênesis 2:1 a 3; mas a Igreja Católica pode reivindicar para si a honra de haver outorgado ao homem um repouso a cada sete dias.” — S.D. Mosna, “Storia della Domenica”, 1969, p. 366 e 367.

      “Deus simplesmente concedeu à Sua Igreja (Católica) poder para dispor qualquer dia ou dias que achar apropriado(s) como dia(s) sagrado(s). A Igreja (Católica) escolheu o domingo, primeiro dia da semana e, no decurso dos anos, adicionou outros como dias sagrados.” — Vicent J. Kelly, “Forbidden Sunday and Feast-Day Occupations”, p. 2. Grifos acrescentados.

      “A Igreja Católica, por sua própria infalível autoridade, criou o domingo como dia santificado para substituir o sábado, da velha lei.” — Extraído de “Kansas City Catholic”, de 9 de fevereiro de 1893. Grifos acrescentados.

    O bispo Jeremias Taylor, em seu “Ductor Dubitantium” (A Regra da Consciência), escreve:

      “O dia do Senhor (domingo) não foi colocado em lugar do sábado… O dia do Senhor (domingo) era uma instituição meramente eclesiástica. Ele não foi introduzido em virtude do quarto mandamento, pois os cristãos guardaram por mais de trezentos anos o dia que estava neste mandamento.” — Liv. 2, (ed. de 1850), cap. 2, parte 1, reg. 6, vol. 9, p. 458, par. 51.

    Novamente o Pe. Júlio Maria:

      “Em parte nenhuma figura o domingo como dia do Senhor… Nós, católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja, que preceituou tal ordem de o Sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento.” — Op. cit., p. 81.

    Em 1562, o arcebispo de Reggio da Calábria fazia na XVII seção do Concílio de Trento esta declaração:

      “O sábado, o mais famoso dia na lei foi transferido para o dia do Senhor (domingo). (…) Estas e outras coisas semelhantes não cessaram em virtude da pregação de Cristo (pois diz que não veio a derrogar a lei e sim a cumprir), mas foram mudadas por autoridade da Igreja (Católica).” — Heinrich Julius Holtzmann, “Kanon und Tradition” (Canon e Tradição), p. 263. Grifos acrescentados.

    Na obra que a 25 de janeiro de 1910 recebeu a “benção apostólica” do Papa Pio X, o Rev. Peter Geiermann, C.SS.R, sobre a mudança do sábado, responde:

      “Pergunta: ‘Qual é o dia de repouso?’
      “Resposta: ‘O dia de repouso é o sábado.’
      “Pergunta: ‘Por que observamos o domingo em vez do sábado?’
      “Resposta: ‘Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodicéia (364 AD), transferiu a solenidade do sábado para o domingo.” — Em “The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine” (Catecismo da Doutrina Católica para Conversos), ed. 3 (1913), p. 50. Grifos acrescentados. Obra que está à venda nesse website católico:
      http://tiberriver.com/index.cfm/fuseaction/home.viewItem/SKU/1893/index.htm(acessado a 17/03/2007).“O Decálogo preceitua guardar os sábados e não os domingos. Foi a Igreja (Católica)… que transmudou os dias.” — Pe. Etiene Ignace Brasil, em “O Culto das Imagens”, p. 45. Grifos acrescentados.

      “A Igreja de Deus (Católica) porém, as achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do Sábado… em virtude da ressurreição de nosso Salvador.” —Extraído de “Catecismo Romano”, ed. de 1566, p. 440, par. 5:18. Grifos acrescentados.

      “Nós temos feito a mudança do dia sétimo para o primeiro, do sábado para o domingo, sob a autoridade da única sagrada católica e apostólica Igreja de Cristo.” — Bishop Seymour, em “Why We Keep Sunday”. Grifos acrescentados.

    Hootsrnan, chanceler do arcebispo Ryan da Filadélfia, numa carta dirigida a E. E. Franke, a propósito da questão da mudança do sábado, confessa:

      “Consultai qualquer obra católica que contenha um capítulo sobre tradições e encontrareis ai o de que estais precisando: a Igreja (Católica) é a única autoridade para a transferência do sábado para o domingo.”

    O Dr. Johann Maier von Eck, em sua célebre defesa da autoridade da Igreja Católica contra Lutero e Carlstadt, disse o seguinte:

      “As Escrituras doutrinam: Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; etc. A Igreja (Católica), porém transferiu a observanda do sábado para o domingo por sua própria autoridade, independentemente das Escrituras.” — Em “Enchiridion Locorum Communion… Adversus Lutheranos” (1553), p. 58. Grifos acrescentados.

    O Rev. Thomas H. Morer, erudito clérigo e historiador, cita um papa como havendo dito

      • “Onde se nos diz nas Escrituras que devemos observar o primeiro dia? É-nos mandado guardar o sétimo; mas em nenhum lugar nos é ordenado guardar o primeiro dia. (…) A razão pela qual santificamos o primeiro dia da semana em lugar do sétimo é a mesma que nos leva a observar muitas outras coisas: não porque a Bíblia, mas porque a Igreja (Católica) o ordena.” — Vol. 1, p. 334 e 336. Grifos acrescentados.

        “Podereis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma só linha a autorizar a santificação do Domingo. As Escrituras exaltam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos.” — Ed. de 1892, p. 111. Grifos acrescentados.

        “Não existe nenhuma palavra, nenhuma alusão, no Novo Testamento, acerca da abstinência do trabalho no domingo. (…) Nenhuma lei divina entra no repouso do domingo. (…) A observância da quarta-feira de cinza ou quaresma tem exatamente a mesma base que a observância do domingo.” — P. 62, 63 e 65. Grifos acrescentados.

        “A observância do domingo (…) não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição com a letra da Bíblia, que prescreve o descanso do sábado.
        “Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor: de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” — Extraído de “Monitor Paroquial”, 26 de agosto de 1926, Socorro, SP, ano I, nº. 8. Grifos acrescentados.

        “A Bíblia manda santificar o Sábado, não o domingo; Jesus e os apóstolos guardaram o Sábado. Foi a tradição católica que, honrando a ressurreição do Redentor, ocorrida no domingo, aboliu a observância do Sábado.” — P. 106. Grifos acrescentados.

        “A Igreja (Católica) declara, naturalmente, ter sido a mudançaum ato seu, (…) e o ato é um sinalautoridade eclesiástica em assuntos religiosos.”A Igreja (Católica) declara, naturalmente, ter sido a mudança (do sábado para o domingo) um ato seu, (…) e o ato é um sinal de sua autoridade eclesiástica.”
        (Católica) declara, naturalmente, ter sido a mudança (do sábado para o domingo) um ato seu, (…) e o ato é um sinal de sua autoridade eclesiástica em assuntos religiosos.”— Grifos acrescentados.

        “O domingo é uma instituição católica e suas reivindicações de observância podem ser definidas unicamente em princípios católicos. Desde o princípio até o fim das Escrituras não é possível encontrar uma só passagem que autorize a mudança do dia de adoração pública semanal do último dia da semana ao primeiro.” — 25 de agosto de 1900. Grifos acrescentados.

        “Pergunta: ‘Que dia da semana a Bíblia manda santificar?’
        “Resposta: ‘O sábado. Eis as passagens da Bíblia… (a seguir o autor cita os seguintes versos bíblicos: Ex.20:8–11/31:14–15/Dt.5:12–14/Hb.4:9).’
        “Pergunta: ‘Mas a Bíblia manda observar o domingo no lugar do sábado?’
        “Resposta: ‘Não.’
        “Pergunta: ‘Quem mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?’
        “Resposta: ‘A Igreja Católica.’
        “Pergunta: ‘Mas os protestantes observam o descanso no domingo.’
        “Resposta: ‘Então, neste ponto, seguem a tradição católica.’ — Cônego Hugo Bressane de Araújo, em “Perguntas e Respostas”, p. 22–23. Grifos acrescentados.

        “Pergunta: ‘Como podeis provar que a Igreja (Católica) possui poder de ordenar festas e dias santos?’
        “Resposta: ‘Pelo próprio fato dela haver mudado o sábado para o domingo, o qual todos os protestantes aceitam; e portanto, contradizem-se positivamente, observando estritamente o domingo, e violando a maioria dos outros dias de festas ordenados pela Igreja (Católica).’
        “Pergunta: ‘Como se prova isto?’
        “Resposta: ‘Porque por observar o domingo eles reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigi-las sob pena de transgressão, e por não observar as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder.’” — D.D., de Douay College, França 1649, p. 58. Ver também em “Manual of Christian Doctrine” (Manual da Doutrina Cristã), ou “Catholic Belief and Practice” (Crença e Prática Católicas), Dublin: M. H. Gill & Son Ltd., 1916, p. 67–68. Grifos acrescentados.

        “Pergunta: ‘Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem o poder de instituir dias de guarda por preceito?’
        “Resposta: ‘Se não tivesse esse poder, não poderia ter feito aquilo em que todas as modernas religiões com ela concordam: não poderia ter substituído a observância do sábado do sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autoridade nas Escrituras.’ — P. 174. Grifos acrescentados.

      “Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado por Deus, recebido e observado, não somente pelos judeus, mas por todos os outros que pretendiam adorar a Deus, embora nós tenhamos mudado o Seu sábado para o domingo.” — Em “Six Dialogues on the Lord’s Day” (1701), p. 281 e 282. Grifos acrescentados.

      6) As autoridades católicas reconhecem não haver fundamento bíblico para a santificação do domingo?

      O Rev. Isaac Williams, escreve o seguinte em seus “Plain Sermons on the Catechism”:

      O Cardeal James Gibbons, em “The Faith of Our Fathers”, diz o seguinte:

      O cônego Eyton, em sua obra “Ten Commandments”, assim se expressa:

      Diz o Pe. Dubois em sua obra “O Biblismo”:

      Finalmente, vemos na Carta Apostólica “Dies Domini” (Dia do Senhor) de 1998, o Papa João Paulo II reconhece que Jesus nunca quebrou ou anulou o Sábado, mas foi a Igreja Católica quem alterou a solenidade do dia de descanso do sétimo para o primeiro da semana. Em suma, vários concílios foram realizados, nos primeiros séculos, e em quase todos os concílios o sábado era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era exaltado gradualmente. O domingo foi transformado em festividade em honra da ressurreição de Cristo: nos primeiro séculos, atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado como dia de recreação, sendo o sábado ainda observado como dia santo. O Papa ainda afirma que o sábado é obrigatório para os que não aceitam a soberania católica e dizem ter a Bíblia como única regra de fé (os protestantes). A carta papal se encontra no web site oficial do Vaticano. Para visualizá-la, clique aqui:
      http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_05071998_dies-domini_po.html (acessado em 17/03/2007).

      7) O papado roga o domingo como marca ou sinal de sua autoridade eclesiástica e instituição exclusivamente católica?

      O Sr. H. F. Thomas, chanceler do Cardeal James Gibbons, numa carta escrita em novembro de1895, em resposta a uma consulta sobre se a Igreja Católica se atribui à mudança do sábado, afirma:

      O “The Catholic Press”, Sidney, Austrália, é claro em afirmar que o domingo é um preceito católico:

      No “An Abridgment of Christian Doctrine” (Um Resumo da Doutrina Cristã), do Rev. Henry Tuberville, contém estas perguntas e respostas:

      No manual “A Doctrinal Catechism” (Um Catecismo Doutrinal), muito usado nas escolas católicas romanas, do Rev. Stephan Keenan, arcebispo de New York, lê-se o seguinte:

    8) O que dizem os católicos quanto à observância do domingo pelos protestantes?

    Albert Smith, chanceler da arquiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920, afirma:

      “Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam a Deus no dia de sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica.”

      “Fazemos bem em recordar aos presbiterianos, batistas, metodistas e todos os demais cristãos que a Bíblia não os aprova em nenhum lugar em sua observância do domingo. O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam este dia observam um mandamento da Igreja Católica.”

      — Priest Brady, em um discurso relatado no “Elizabeth, N. J. News”, 18 de março de 1903. Grifos acrescentados.

    Em sua obra “Plan Talk About the Protestantism of Today”, Monsenhor Louis Gastonn de Ségur firma:

      “Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso (do sábado bíblico) para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Então, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que, contra si mesmos, rendem à autoridade da Igreja (Católica).” — P. 213. Grifos acrescentados.

    O Arcebispo D. Duarte Leopoldo, em “Concordância dos Santos Evangelhos”, afirma:

      “Se devemos repelir a tradição, e aceitar somente o que está na Bíblia, como dizem os protestantes, por que aceitam eles a santificação do domingo, o batismo de crianças e outras práticas que não constam na Escritura Sagrada?” — P. 146. Grifos acrescentados.

      “Os protestantes… aceitam o domingo no lugar do sábado como dia de pública adoração após a Igreja Católica ter feito à mudança… Mas a mentalidade protestante não parece perceber que observando o domingo, está aceitando a autoridade do porta-voz da Igreja, o Papa.” — Extraído de “Our Sunday Visitor”, 5 de fevereiro de 1950. Grifos acrescentados.

      “O protestantismo, ao descartar a autoridade da Igreja (Católica), não tem boas razões para sua teoria referente ao domingo e deve, naturalmente, guardar o Sábado como dia de descanso.” — John Gilmary Shea, “American Catholic Quarterly Review”, Janeiro de 1883. Grifos acrescentados.

    Que dizer de toda essa situação vergonhosa e constrangedora?

      “Nós, os Católicos, então, temos precisamente a mesma autoridade para santificar o domingo em vez do sábado, como temos, para cada outro do nosso credo, vale dizer: autoridade da Igreja… enquanto que vós os protestantes, realmente não têm nenhuma autoridade; pois não têm autoridade para ele na Bíblia (o santificar o domingo), e vós não permitis que possa haver autoridade para ele em outro lugar. Tanto vós como nós, seguimos as tradições neste assunto; mas nós as seguimos crendo que são parte da palavra de Deus e que a Igreja (Católica) tem sido divinamente nomeada guardiã e intérprete. Vós seguis a Igreja (Católica) ao mesmo tempo denunciando-a como uma guia falível e falsa, que freqüentemente tem invalidado o mandamento de Deus pela tradição.” — Grifos acrescentados.

    Burns e Oates, publicadores católicos romanos de Londres, são autores do livro “The Library of Christian Doctrine”. Uma parte deste é intitulada: “Por que não guardais o dia de sábado?” e apresenta o seguinte argumento de um católico para um protestante:

      “Vós me dizeis que o sábado era o repouso judaico, mas que o repouso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas por quem? Quem tem autoridade para mudar um mandamento expresso do Deus Onipotente? Quando Deus disse: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’, quem ousaria dizer: ‘Não, podeis trabalhar e fazer qualquer tipo de coisa secular no sétimo dia; mas santificareis o primeiro dia em seu lugar.’? Esta é a pergunta mais importante, à qual não sei como podeis responder.
      “Sois protestante, e afirmais seguir a Bíblia e a Bíblia apenas: e mesmo nesse importante assunto, qual seja o da observância de um dia em sete como santificado, ides contra a clara letra da Bíblia e pondes outro dia no lugar daquele que a Bíblia ordenou. O mandamento que ordena santificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; vós credes que os outros noves sejam ainda obrigatórios; quem vos deu autoridade para violar o quarto? Se quiserdes ser coerentes como vossos próprios princípios, se realmente seguis a Bíblia e ela unicamente, deveis ser capazes de apresentar alguma porção do Novo testamento na qual o quarto mandamento seja expressamente alterado.” — P. 3–4. Grifos acrescentados.

    O Cardeal Maida, Arcebispo de Detroit, EUA, observa:

      “O dia santo foi mudado do sábado para o domingo… não em virtude de qualquer instrução dada pelas Escrituras, mas por causa do sentimento de poder da própria Igreja (Católica). (…) As pessoas que pensam que as escrituras deveriam ser a única autoridade, deveriam logicamente se tornar adventistas do sétimo dia, e santificar o sábado.” — Em “St. Catherine Catholic Church Sentinel”, Algonac, Michigan, EUA, 21 de maio de 1995. Grifos acrescentados.

    Declara o “Boletim Católico Universal”:

      “A Igreja (Católica) mudou a observância do sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nessa questão, os adventistas do sétimo dia são os únicos protestantes coerentes.” — P. 4, de 14 de agosto de 1942. Grifos acrescentados.

    A 22 de maio de 1934, John L. Day, de Thomaston, Ga., EUA, obteve a seguinte resposta de “The Catholic Extension Magazine” (que no cabeçalho declara ser “a maior revista católica publicada nos EUA”) para uma pergunta que fez sobre a questão sábado/domingo:

      “Com respeito à mudança da observância do sábado judaico para o domingo cristão, desejo chamar sua atenção para estes fatos:
      “(1) Que os protestantes que aceitam a Bíblia como regra de fé e religião, devem por todos os meios retornar à observância do sábado. O fato de que não o fazem, mas, ao contrário, observam o domingo, os estultifica aos olhos de todo homem pensante.
      “(2) Nós católicos não aceitamos a Bíblia como a única regra de fé. Além da Bíblia temos a Igreja viva, a autoridade da igreja como uma regra para nos guiar. Dizemos que esta igreja instituída por Cristo, para ensinar e guiar o homem através da vida, tem o direito de alterar as leis cerimoniais do Velho Testamento e daí, aceitamos sua mudança do sábado pelo domingo. Nós dizemos francamente: ‘Sim, a igreja fez esta mudança, criou esta lei, tal como fez muitas outras leis; por exemplo, o jejum da sexta-feira, o celibato sacerdotal, as leis concernentes aos casamentos mistos, o regulamento dos matrimônios católicos, e um milhar de outras leis’.
      “(3) Também declaramos que de todos os protestantes, os adventistas do sétimo dia constituem o único grupo que raciocina corretamente e é coerente com seus ensinos. É sempre um bocado engraçado ver igrejas protestantes, em púlpitos e legislaturas, requerendo a observância do domingo, sobre a qual nada consta na Bíblia.” — Peter R. Tramer, Editor. Grifos acrescentados.

    Chega de citações. O que deve ser dito da situação contraditória em que o protestantismo se encontra quanto à guarda do Dia do Senhor? Eis a igreja de Cristo, chamada do catolicismo no século XVI para estabelecer-se sobre “a Bíblia, e a Bíblia somente”, professando lealdade à Lei de Deus, lealdade ao “sábado” de Deus, lealdade para com a verdade divina e ainda assim observando um dia que as Escrituras não ordenam nem uma única vez, rejeitando completamente o dia que a Bíblia declara santo! Sabendo disto, a Igreja Católica Romana não tem deixado de observar a situação embaraçosa em que seus irmãos separados se encontram. Talvez nenhum comentário possa ser mais bem feito do que o do órgão oficial do Cardeal James Gibbons:

      “A Igreja (Católica), mais de cem anos antes da existência de um único protestante, em virtude de sua divina missão, mudou a solenidade do dia de sábado para o domingo. (…)
      “O mundo protestante em sua origem (no começo da Reforma no século dezesseis) encontrou o domingo muito fortalecido para contrariar a sua existência; foi, por essa razão, colocado sob a necessidade de aquiescer no arranjo, submetendo-se assim ao direito da igreja de mudar o dia, por mais de trezentos anos. O domingo é, por conseguinte, o reconhecido produto conseqüente da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra de protesto do mundo protestante.
      “Vejamos, agora, rapidamente, nossa segunda posição com relação à Bíblia apenas, como ensinador e guia nos assuntos de fé e moral. Este ensinador (a Bíblia) proíbe de maneira saliente qualquer mudança do dia por razões superiores. O mandamento requer um ‘concerto perpétuo’. O dia ordenado pelo ensinador (a Bíblia) para ser guardado jamais o foi (o domingo), desenvolvendo-se assim uma apostasia de um princípio supostamente fixado, tão contraditório, absurdo e, conseqüentemente, tão suicida que se não pode expressar com poder da linguagem.
      “Os limites da desmoralização tampouco são ainda atingidos. Longe disto. Seu pretexto de deixar o seio da Igreja Católica foi a apostasia da verdade como ensinada na Palavra escrita. Adotaram a Palavra escrita como seu único mestre, mas a abandonaram assim que fizeram esse adoção. (…) Por uma perversidade tão voluntária quão errônea, (os protestantes) aceitam o ensino da Igreja Católica em oposição direta ao claro, invariável e contínuo ensinamento de seu único Mestre no que tange à doutrina mais essencial de sua religião, realçando desse modo a circunstância na qual podem ser apropriadamente tachados como ‘um escárnio, um embuste e um laço.’ (…)
      “A razão e o senso comum exigem a aceitação de uma outra destas alternativas: o protestantismo e a observância e santificação do sábado, ou o catolicismo e a observância e santificação do domingo. Um compromisso ou acordo é impossível.” — Em “Catholic Mirror” (Espelho Católico), de 23 de setembro de 1893. Reimpresso pelo como um folheto, “The Christian Sabbath” (O Sábado Cristão), p. 29–32. Grifos acrescentados.

    1 comentários:

    Anônimo disse...

    o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Cristo aboliu o sábado! Há coisas mais importantes do que essa questiúncula.

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