• quinta-feira, 19 de maio de 2016

    Babilônia - Fonte Da Religião Falsa

    "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
    João 8:32

    A RELIGIÃO MISTERIOSA da Babilônia tem sido simbolicamente descrita no último livro da Bíblia como uma mulher “vestida” de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição; e na sua testa estava escrito o nome: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Apocalipse l7:l-6).

    Quando a Bíblia usa linguagem simbólica, uma “mulher” pode simbolizar uma igreja. A verdadeira igreja, por exemplo, é comparada com uma noiva, uma virgem casta, uma mulher sem mácula nem ruga (Ef. 5:27; Ap. l97,8). Mas, em gritante contraste com a verdadeira igreja, a mulher do nosso texto é descrita como uma mulher impura, uma mulher envilecida, uma prostituta. Se for correto aplicar este simbolismo a um sistema eclesiástico, está claro que somente uma igreja envilecida e caída poderia ter tal significado! Em grandes letras maiúsculas, a Bíblia chama-a de “MISTÉRIO BABILÔNIA.”

    Quando João escreveu o livro de Apocalipse, a Babilônia - como uma cidade - já havia sido destruída e deixada em ruínas, como os profetas do Velho 'lestamento haviam predito (Isaías 13:19-22; Jer. Sl-52). Mas, embora a cidade de Babilônia tenha sido destruída, os conceitos religiosos e costumes que se originaram na Babilônia continuaram e foram bem representados em muitas nações do mundo. Então, qual foi a religião da antiga Babilônia? Como começou tudo isto? Que significado ela traz para os tempos modernos? Como tudo isto se encaixa com o que João escreveu no livro de Apocalipse?

    Voltando as páginas do tempo para o período um pouco antes do dilúvio, os homens começaram a migrar desde o Oriente, “e aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali” (Gn. ll:2). Foi nesta terra de Sinar que a cidade de Babilônia foi edificada e esta terra tornou-se conhecida como Babilônia ou mais tarde como Mesopotâmia.

    Aqui o Eufrates e o Tigre depositaram ricas porções de terra que podia produzir safras em abundância. Mas, havia certos problemas que o povo encarava. Uma deles era o fato que a terra era percorrida constantemente por animais selvagens que eram uma ameaça constante para a segurança e a paz dos habitantes (cf. Êxodo 23:29,30). Obviamente qualquer um que pudesse, com sucesso, fornecer proteção desses animais selvagens, receberia grande aclamação por parte do povo.

    Foi a esta altura dos acontecimentos, que um homem enorme, poderoso, chamado Nimrode, apareceu em cena. Ele se tornou poderoso, um poderoso caçador contra os animais selvagens. A Bíblia nos diz: “E Cusi gerou a Nimrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso CAÇADOR diante do Senhor" (Gn. l0:8,9).

    Aparentemente o sucesso de Nimrode como poderoso caçador fez com que ele se tornasse famoso entre aquelas pessoas primitivas. Ele se tornou “um poderoso” na terra - um líder famoso nos negócios do mundo. Ganhando este prestígio, esquematizou um melhor meio de proteção. Em lugar de combater constantemente os animais selvagens, por que não organizar as pessoas em cidades e circundá-las com paredes de proteção? Em seguida, por que não organizar estas cidades em um reino? Evidentemente este foi o pensamento de Nimrode, pois a Bíblia nos diz que ele organizou tal reino. “E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar” (Gn. l0:lO). O reino de Nimrode é o primeiro mencionado na Bíblia.

    Sejam quais forem os melhoramentos que tenham sido feitos por Nimrode, devem ter sido bons e corretos, mas Nimrode foi um governante iníquo. O nome Nimrode vem de marad e significa, “ele se rebelou” A expressão que ele foi um poderoso “diante do Senhor pode trazer um significado hostil a palavra “diante” sendo algumas vezes utilizada como significando “contra” o Senhor. A Jewish Encyclopedia diz que Nimrode foi “aquele que fez todo o povo rebelar-se contra Deus.”

    O notável historiador Josefo escreveu: “Agora, foi Nimrode que os excitou a tal afronta e contenda contra Deus ...Ele também gradualmente mudou o governo, levando-o à tirania, não vendo qualquer outra maneira de desviar os homens do temor de Deus ... as multidões estavam muito prontas a seguir as determinações de Nimrode... e eles construíram uma torre, não medindo sofrimentos, nem sendo em nenhum grau negligentes a respeito da obra: e, por razão da multidão de mãos empregadas nela, ela cresceu, ficando muito alta ... O lugar onde eles edificaram a torre é agora chama do Babilônia.”

    Baseando suas conclusões em informações que nos tem vindo através da História, das lendas e da mitologia, Alexander Hislop tem descrito com detalhes como a religião babilônica desenvolveu-se em torno de tradições concernentes a Nimrode, sua esposa Semiramis, e seu filho Tamuz. Quando Nimrode morreu, de acordo com as antigas narrativas, seu corpo foi cortado em pedaços, queimado, e enviado a várias áreas. Práticas semelhantes são mencionadas até mesmo na Biblia (Juízes l9:29; l Samuel ll:7). Após a sua morte, que foi grandemente pranteada pelo povo da Babilônia, sua esposa Semiramis reinvindicou que ele agora era o deus-sol. Mais tarde, quando deu à luz a seu filho Tamuz reinvindicou que este filho Tamuz era seu herói Nimrode renascido. (A gravura ao lado mostra a maneira como Tamuz veio a ser representado na arte clássica.) A mãe de Tamuz havia provavelmente escutado a profecia do Messias que viria a ser nascido de uma mulher, pois esta verdade era conhecida desde os tempos mais primevos (Gn. 3:l5). Ela reinvindicou que seu filho fôra concebido de maneira sobrenatural e que era a semente prometida, o “salvador". Na religião que se originou dai, contudo, não somente o filho foi adorado, mas a mãe também passou a ser adorada!

    A maior parte do culto babilônico era levado a efeito através de símbolos misteriosos - era uma religiãode “mistérios". O bezerro de ouro, por exemplo, era um símbolo de Tamuz, filho do deus-sol. Uma vez que Nimrode era acreditado ser o deus-sol ou Baal, o fogo era considerado como sua representação terrestre. Assim sendo, como veremos, velas e fogos rituais eram acesos em sua honra. Em outras formas, Nimrode era simbolizado por imagens do sol, peixes, árvores, obeliscos e animais.

    Séculos mais tarde, Paulo deu uma descrição que se adapta perfeitamente ao que o povo da Babilônia seguiu: “Quando conheceram a Deus, não o glorificaram como Deus ... mas tornaram-se vãos em suas imaginações, e seu coração enlouquecido se obscureceu. Professando ser sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em uma IMAGEM feita à semelhança do homem corruptível, e a aves, e a bestas quadrúpedes, e coisas que se arrastam ... mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram e serviram a CRIATURA mais do que ao CRIADOR ... por esta causa Deus os entregou a vis afeições.” (Rm. l:2l-26).

    Este sistema de idolatria espalhou-se da Babilônia para as nações, pois foi desta localização que os homens foram espalhados por sobre a face da terra (Gn. ll:9). Enquanto saíam da Babilônia, levavam consigo seu culto da mãe e do filho, e os vários símbolos misteriosos com ele. Heródoto, o corre-mundo e historiador da antiguidade, testemunhou a religião misteriosa e seus rituais em numerosos paises e menciona como a Babilônia foi a fonte primitiva de onde todos os sistemas de idolatria floresceram. Bunsen diz que o sistema religioso do Egito derivou-se da Asia e do “primitivo império de Babelf' Em seu notável trabalho Níníve e Seus Remanescentes. Layard declara que temos o testemunho conjunto da história sacra e profana que a idolatria originou-se na área da Babilônia - o mais antigo dos sistemas religiosos. Todos estes historiadores foram citados por Hislop.

    Quando Roma tornou-se império mundial, é fato conhecido que ela assimilou dentro do seu sistema os deuses e religiões dos vários países pagãos que dominava! Desde que a Babilônia era a fonte de paganismo desses paises, podemos ver como a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico que havia se desenvolvido e tomado várias formas e nomes diferentes nos paises para os quais foram.

    Conservando isto em mente, notamos que foi durante este tempo - quando Roma dominava o mundo - que o verdadeiro Salvador, Jesus Cristo, nasceu, viveu entre os homens, morreu e ressuscitou. Ele subiu aos céus, enviou o Espírito Santo, e a igreja do Novo Testamento foi estabelecida na terra. Que dias gloriosos!

    A pessoa só tem que ler o livro de Atos para ver como Deus abençoou seu povo naqueles dias. Multidões foram acrescentadas à igreja - a verdadeira igreja. Grandes sinais e maravilhas foram realizados, enquanto Deus confirmava sua Palavra com sinais que se seguiam. O verdadeiro Cristianismo, ungido pelo Espírito Santo, varreu o mundo como um fogo na pradaria. Ele circundoú as montanhas e cruzou os oceanos. Fez reis tremerem e tiranos temerem. Foi dito daqueles cristãos primitivos que eles haviam transtornado o mundo! - tão poderosos foram sua mensagem e seu espírito.

    Antes de anos demais terem passado, contudo, os homens começaram a se estabelecer a sí mesmos como “senhores” sobre o povo de Deus no lugar do Espírito Santo. Em lugar de conquistar por meios espirituais e pela verdade - como nos dias primitivos - os homens começaram a substituir suas idéias e seus métodos.

    Tentativas de fundirem o paganismo com o cristianismo estavam sendo feitas até mesmo nos dias quando nosso Novo Testamento estava sendo escrito, pois Paulo mencionou que “o mistério da iniquidade” já estava operando, avisou que viria uma “apostasia” e alguns “deixariam a fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios” - as doutrinas camufladas dos pagãos (II Ts. 2: 3,7; I Tm. 4: 2). Pelo tempo que Judas escreveu o livro que traz seu nome, foi necessário para ele exortar o povo a “contender diligentemente pela fé que UMA VEZ foi entregue aos santos”, pois certos homens haviam se introduzido que estavam tentando substituir coisas que não eram de forma alguma parte da fé original (Judas l:3,4).

    O cristianismo ficou face a face com o paganismo babilônico nas suas várias formas as quais tinham sido estabelecidas no lmpério Romano. Os cristãos primitivos recusavam-se a ter algo a ver com seus costumes e crenças. Resultou muita perseguição. Muitos cristãos foram falsamente acusados, atirados aos leões, queimados em estacas e torturados e martirizados de outras maneiras.

    Foi quando grandes mudanças começaram a ser feitas. O imperador de Roma professou conversão ao cristianismo. Ordens imperiais sairam por todo o império que as perseguições deveriam cessar. Os bispos receberam grandes honrarias. A igreja começou a receber reconhecimento e poderes mundanos. Mas, por tudo isto um grande preço teve que ser pago! Muitos compromissos foram feitos com o paganismo. Em lugar de a igreja ser separada do mundo, ela se tornou uma parte deste sistema mundano. O imperador mostrando favor exigiu um lugar de liderança na igreja; pois no paganismo os imperadores eram tidos como deuses. Dai em diante, misturas por atacado foram feitas do paganismo com o cristianismo, especialmente em Roma. Acreditamos que as páginas que se seguem provam que foi esta mistura que produziu aquele sistema que é conhecido hoje como a Igreja Católica Romana. Não duvidamos que existissem muitos católicos excelentes, sinceros e devotos. Não é nossa intenção tratar com leviandade ou ridicularizar qualquer pessoa de cujas crenças possamos discordar. Em vez disto, desejaríamos que este livro pudesse inspirar pessoas - a despeito de sua afiliação religiosa - a abandonar as doutrinas babilônicas e seus conceitos, e buscar um retorno à fé que uma vez foi entregue aos santos.


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